Talvez, se buscássemos saber, por meio de uma pesquisa junto a toda população mundial, o que está faltando neste mundo de hoje, a resposta, com larga margem de vantagem fosse: PAZ!
Falamos muito em paz, e sempre, no
início de cada ano, desejamos a paz, harmonia e tudo que é bom para aqueles que
estão partilhando das festividades de passagem para um novo ano.
Esses momentos marcados pelas
festividades formais do nosso mundo social, muita vez deslustram o real sentido
das palavras, e passamos a repeti-las de forma rotineira e maquinal, em que a
ideia inicial acaba por se perder.
Essa nossa afirmativa sobre a
pesquisa das necessidades mais prementes do ser humano, e cuja resposta seria a
falta de paz, também é respaldada por nossa história. Basta lançarmos os olhos
num passeio rápido pela história humana e vamos perceber que nunca, em momento
algum neste planeta, estivemos em paz! Sempre há algum conflito entre nações ou
grupos de interesses, exigindo que a paz se instale através de baionetas e
metralhadoras.
A ideia de dominar o cenário em que
nos encontramos inseridos – nossa pátria, nossa cidade, nossa família – ainda
figura como sendo uma necessidade básica e, para tanto, até para que possamos
manter certo nível de paz, sacrificamos nossas consciências e o próprio
bem-estar para que a nossa paz seja assegurada. A nossa paz ainda é a paz do
mundo!
Mas Jesus nos disse: “A minha paz vos
dou” (João 14:27). Ele nos deu a Sua paz e afirmou na sequência que essa paz é
diferente da paz do mundo. Ela não vem da mesma maneira a que o mundo está
acostumado. Não é pela luta, pelo domínio, pelo conflito de forças e poderes
que essa paz se fará.
Ele, o Mestre de todos nós,
afirmou-nos que a Sua paz não é dada pelos padrões do mundo, e então devemos
perguntar: se não é assim de que jeito é então?!
Jesus nos exemplificou a paz
verdadeira. Com a certeza absoluta apoiada por uma fé imorredoura, o Mestre,
mesmo diante dos momentos mais difíceis pelos quais passou, não perdeu a sua
paz porque era uma conquista inalienável do Espírito.
Jesus nos deu a Sua paz, não como
numa transfusão, mas sim como exemplo e nos concita a segui-Lo constantemente.
Quando conseguirmos desenvolver a nossa própria paz, em nossos corações, não
mais a perderemos. E Ele, querendo nos ensinar como podemos ter a SUA PAZ,
aquela paz que não se perde e que ampara e protege o tempo todo, demonstrou-a
pela grandeza espiritual da prática do amor, do perdão, da indulgência para com
a ignorância humana.
Jesus não quis discutir, não quis
impor suas ideias forçando a quem quer que fosse a aceitá-lo ou às suas lições
inovadoras e benditas. Ele simplesmente calou-se e deixou que cada um de nós
fosse aprendendo a seu tempo, a encontrar a fórmula de como desenvolver os
elementos necessários à implantação do Reino de Deus em nós mesmos.
“A minha paz vos deixo, a minha
paz vos dou”, representa o presente dado por Jesus para que nós também
possamos fazer o mesmo, e que cada um, a seu tempo, possa aceita-lo, aprendendo
a ser um verdadeiro cristão.
De nada adianta as querelas e
discussões sobre quem entende mais e melhor a mensagem do Mestre, se disso não
sair senão mais dissenção, disputas e separações. A paz nesse momento já estará
comprometida. Esquecemos que a sua construção é individual e que quando optamos
pela guerra contra o nosso próximo, estamos também contribuindo para essa
intoxicação causada pelo ódio e pelo rancor.
A paz no mundo é desejo de cada um de
nós, mas como isso irá acontecer se individualmente estamos em guerra?
Guerreamos com o nosso exterior para satisfazer nossas vontades, desejos e
necessidades que muitas vezes são factícias, posto que não são reais.
Tomemos como exemplo a tecnologia.
Ela nos proporciona novos recursos cada vez mais rápidos e eficazes, visando à
facilitar o trabalho que passa a ser mais intelectual do que braçal, em
conformidade com a Lei do Progresso, e no entanto, desviamos esse objetivo para
a posse, tornando-nos escravos do consumismo, sentindo-nos infelizes por
não possuirmos o modelo da “moda”, e nos entristecemos, e nos revoltamos,
perdendo a oportunidade de mantermo-nos na rota de construção de nossa paz
individual.
Nos relacionamentos, queremos que o
outro nos entenda e para isso elevamos nossas expectativas a níveis máximos,
esperando que essa pessoa ou grupo de pessoas, possa nos atender em nossos
anseios. Quando a resposta não vem no nível que queremos, ficamos tristes,
frustrados e magoados. Perdemos a paz, isto é, continuamos na guerra, uma vez
que ninguém pode perder o que ainda não possui, e a paz é ainda um item que
raros conseguiram desenvolver e manter.
Porém, não é só em relação ao
exterior que nos tornamos entristecidos e magoados. Ao olharmos para nossas
mazelas pessoais, que se encontram nos meandros de nossa consciência,
geralmente encontramos muitas oportunidades para a inquietude, perturbando o
coração daquele que traz as marcas das ações menos felizes que perpetrou ao
longo de sua existência como Espírito imortal. No entanto, o Mestre também nos
asseverou: “Não se turbe o vosso coração”, antevendo os efeitos da culpa
devastadora que consome as melhores energias daquele que está, nesta
existência, diante de oportunidade única de crescimento espiritual. O perdão de
si mesmo é o passo básico para nos mantermos no caminho da construção dessa paz
pessoal.
Nós queremos ser melhores do que
somos, queremos ter mais do que temos, queremos realizar mais do que
realizamos, mas preferimos continuar com nossas vidas do jeito que ela são, a
manter as formas de fazermos as coisas sempre do mesmo jeito. Há um conceito de
loucura, elaborado pelo eminente físico Albert Einstein, que a defini como:
“QUERER TER RESULTADOS DIFERENTES, FAZENDO AS COISAS SEMPRE DO MESMO JEITO.”
Para ideias e necessidades novas é
preciso novas formas de agir. Se quisermos paz do Cristo é preciso modificar
nossa maneira de fazermos as coisas. A paz do Cristo exige determinação para
buscar aquilo que realmente queremos, e nos colocarmos em ação decidida,
utilizando a regra áurea de conduta que o Mestre nos veio trazer: “Que
façais aos outros o que quereríeis que os outros vos fizessem!”, a qual
Ele nos explicou e exemplificou até à suprema doação de sua própria vida
material.
Estamos diante de novos tempos! Nova
era surge no horizonte e já se pode ouvir claramente o som dos clarins
anunciando um tempo de paz e de amor. Se queremos participar dessa nova Era é
fundamental que reformulemos a nós mesmos, fundamentados nas bases do Evangelho
de Jesus: “Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos
de Deus!”(Mateus 5:9)
Paz no coração, para que tenhamos paz
em nossas famílias e em nossos grupos de trabalho profissional, em nossas
empresas, no governo, na classe política, entre as nações. Quando isto se tiver
completado estaremos em um momento especial em nosso querido planeta Terra.
Estará implantada a nova etapa de desenvolvimento dos Espíritos, filhos de
Deus, que somos todos nós, em direção ao porvir brilhante.
A paz do Cristo em nossos corações
como solução de todos os problemas, pois para atingi-la temos que sanear a nós
mesmos, saneando por consequência o nosso mundo.
A paz vem de dentro para fora. Assim,
de nada adianta ficarmos exigindo paz ou desejando a paz para o mundo inteiro,
se antes não existir a disposição para que ela nasça, seja cultivada e mantida
em nossos corações, na realização da grande tarefa da paz.
Pensemos nisso e renovemos nossos
votos para o ano novo que se aproxima, dizendo para si mesmo: “Muita paz.”
Paulo Oliveira
(Artigo publicano na RIE - Revista Internacional de Espiritismo e em O Semeador Internacional da FEESP.)
Excelente Paulo, vamos semear a Paz!
ResponderExcluirObrigado ... da próxima vez, por favor, assine, porque você não foi identificado(a) pelo Google...
ExcluirParabéns por essa iniciativa, Paulo! Mais um presente de 2020 para nós, seguidores do Cristo! Que o Pai te abençõe e sustente.
ResponderExcluirOlá ... obrigado por escrever.... Peço que da próxima vez, você se identifique porque o Google não o(a) reconheceu.
Excluirabraço
Parabéns Paulo Oliveira . Que Deus te cubra de proteção e bençãos !
ResponderExcluirObrigado por escrever... e agradeço seus votos de carinho e atenção... abraço grande
ExcluirBoa tarde Paulo Oliveira. Parabéns. Sabedoria e tranquilidade. Abraço!!
ResponderExcluirOlá Valter... obrigado por estar aqui também... forte abraço
ExcluirExcelente artigo, Paulo!
ResponderExcluirQ a PAZ esteja conosco!
Olá.. obrigado por seu comentário e palavras de reconhecimento. Gostaria de pedir para você se identificar ou entrar com alguma conta google, pois o seu nome não apareceu aqui para mim.
Excluirabraço grande
Maravilhoso artigo sobre a paz. Buscando todas as palavras de Cristo mencionando a Paz.
ResponderExcluirA Paz interior que quando conseguimos através da melhoria do Espírito, através da Reforma Íntima , não vamos mais perder.
Um Artigo brilhante, principalmente nesse momento difícil do Planeta, pois estamos acostumados a outro tipo de guerra. Essa guerra de hoje O nosso inimigo é invisível e as armas usada é cuidar de si e do próximo. Muita paz
Obrigado por suas palavras... fico feliz com o seu feedback. Peço a você que possa se identificar na próxima vez, ou logando uma conta do google ou escrevendo seu nome...
ExcluirAgradeço imensamente.... abraço
Parabéns Paulo, pelo seu blog!
ResponderExcluirQue os artigos publicados sejam motivos de aprendizado e evolução à todos nós !
Olá Angela,
ExcluirMuito obrigado por sua mensagem carinhosa...
Ficarei feliz e contar com você para ler e compartilhar nosso blog.
Abraço grande
A paz é uma bandeira que devemos hastear não só no nosso mundo interno , mas também para todos. Sabendo que cada um faz conexão com o outro através das energias sãs que emanam dos seus pensamentos, atos , ações. Sigamos a bandeira do Mestre. Sejamos paz! Sejamos luz. Um Natal a todos com o aniversariante do dia.
ResponderExcluirOlá Vera,
ExcluirObrigado pela sua participação.
Sempre juntos no caminho do aprendizado.
Muita paz
Abraço grande
Excelente explanação e artigo! Parabéns. Aloizio João Roman
ResponderExcluirOlá Aloizio,
ExcluirQue bom vê-lo por aqui...!!!
Obrigado pela presença e estímulo de sempre...
Abraço grande para você.
Parabéns, Paulo pela iniciativa
ResponderExcluirOlá minha amiga Marlene,
ExcluirAgradeço muito sua presença aqui também.
É sempre um grande prazer poder contar com a sua participação e ajuda.
Abraço grande
Obrigada Paulo por mais essa mensagem sobre a Paz e por todo ensino que você nos transmite diariamente. Estou à espera de outro curso pela internet. Abraços. Walkiria
ResponderExcluirOlá Walkiria,
ExcluirObrigado por estar também aqui neste novo canal de comunicação: O Blog do canal.
Quem agradece somos nós pela presença, atenção e carinho que demonstra para com o nosso trabalho.
Para o próximo ano, pretendo iniciar o outro curso sobre o livro O QUE É O ESPIRITISMO de ALLAN KARDEC.
Eu havia prometido para novembro, mas as coisas não deram muito certo.
Vamos conseguir se Deus quiser!!!
Abraço grande
Paulo, suas explanações vem num continuo crescente desde o começo até o fim, de uma maneira tão simples e tão lógica que nos encanta. Obrigada por partilhar o seu saber e o seu dom com todos nós. Gratidão
ResponderExcluirOlá meu amigo ou minha amiga,
ExcluirDesculpe-me, mas o seu comentário saiu NÃO IDENTIFICADO.
Para as próximas vezes peço que faça o login usando sua conta Google ou assine o seu comentário, por favor.
Agradeço muito as sua palavras que me servem de estímulo e me fazem perceber ainda mais a nossa responsabilidade.
Fico feliz que tenha gostado do artigo.
Abraço grande
Pois é Paulo, lindo isso, mas quando abrimos os olhos para realidade a nossa volta e no mundo nos frustramos, mas apesar de tudo, vamos em frente! Jesus é nosso modelo e guia, inspiremo-nos nele que as coisas aos poucos vão se pacificando, primeiro nós com nós mesmos, para depois conseguirmos ter paz com nosso próximo próximo e os mais distantes....desejando a paz e agindo na paz a paz se instala em nós!!!!
ResponderExcluirOlá Jorge,
ExcluirObrigado pelo seu comentário.
Você tem razão ao se referir ao nosso panorama mundial e local com certa frustração.
A Frustração existe porque criamos a expectativa de ver a paz, ensinada por Jesus, reinando em todos os corações. Como isso não é possível ainda, as nossas expectativas são frustradas e nos sentimos entristecidos e a até desalentados.
No entanto, como você mesmo diz, vamos em frente com Jesus, que é o nosso modelo e guia, buscando a inspiração em seu comportamento. Ele observou o mundo e venceu o mundo, como nos afirmou.
Tenhamos por nossa vez o cuidado com a nossa própria paz!
Abraço grande e muita gratidão.