A DOR BENDITA QUE ME TORTURA
Quando nasci, nasceste!
Anunciaste minha vinda ao mundo com um gemido.
E nunca mais de mim te separaste,
sempre junto os dois temos vivido.
Conheço a tua garra e tu conheces
minhas fraquezas, meus desejos, tudo.
És tu que arrancas de minh’alma as preces.
Tu que me obrigas a um bramir sanhudo.
Minha sombra não és, percebo agora.
Pois a sombra exige claridade.
Eu te vejo e te sinto a toda hora,
a luz do Sol em plena escuridade.
Se acaso o riso incauto vem de mim se aproximando,
Teu vulto ameaçador também diviso,
ao lado seus passos me espreitando.
Parece que te abrasa ardente zelo
Por tudo que me segue e me procura.
Tudo em mim tem a marca de teu selo
Ideias, sensações, amor, ternura,
até os meus mais secretos pensamentos!
Ciosa espreitas, rancorosa e fria.
E nega aos meus rudes padecimentos
A extrema-unção bendita da alegria.
Quem pois és tu que tanto me acabrunhas?
Quem és? Se me acompanhas como amante,
por que travas as largas unhas no peito meu,
sem forças, arquejante?
Quem és? Bem sei quem és!
Bem sei quem és!
És a dor inexorável, és a estrela polar de minha vida,
És minha companheira inseparável
enquanto o mal em mim achar guarida.
Quando porém no lugar do mal triunfante,
O bem surgir dourando o meu futuro,
Me deixarás dizendo: Amigo, avante!
Podes seguir sozinho, agora és puro!
foi uma grata surpresa a trajetória de josé de Petitinga, nunca ouvira nada sobre ele nos 23 anos de FEESP. Gratidão
ResponderExcluirOlá você,
ResponderExcluirObrigado por seu comentário.
Sim, o nome de Petitinga é pouquíssimo lembrado nos meios espírita, fora da Bahia. Mas, é um exemplo a ser sempre olhado com carinho.
Grande trabalhador também das primeiras horas do Espiritismo no Brasil.
Um grande abraço a você e peço que nos próximos comentários você assine o seu post, pois saiu identificado.